Não importa se a Lei Seca no Brasil está ameaçada por embates jurídicos: bebida e direção nunca podem se combinar, independentemente de multas ou sanções. Para quem acha que o uso de bebidas energéticas pode minimizar os efeitos do álcool no organismo, o panorama é sinistro: uma pesquisa revelada neste mês nos Estados Unidos mostrou que quem consome a mistura ingere mais álcool e têm mais chances de desenvolver alcoolismo. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão ao observar o comportamento de 1 000 estudantes universitários daquele país durante 12 meses.
De acordo com a pesquisa, o alto teor de cafeína presente no energético pode levar uma pessoa que mistura esse tipo de bebida com álcool a um estado de "embriaguez desperta", no qual a cafeína disfarça a bebedeira, mas não melhora os reflexos. Com isso, a direção fica ainda mais perigosa.
Pior: como a pessoa se sente menos bêbada, acaba tomando ainda mais. “A cafeína não cancela os prejuízos associados com a embriaguez. Ela apenas disfarça os marcadores mais óbvios desse estado", afirma Kathleen Miller, cientista do Instituto de Pesquisas em Vícios da Universidade de Buffalo.
"O fato de não haver regulação a respeito da quantidade de cafeína nas bebidas energéticas é desconcertante”, completou Amelia Arria, da Universidade de Maryland, uma das autores da pesquisa, que será publicada na íntegra na edição de fevereiro da revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research.
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