19 de julho de 2009

Planejar garante tempo e reduz estresse

A correta administração das tarefas diárias otimiza a vida profissional e
possibilita a valorização dos prazeres pessoais

Luciana La Fortezza/Com Redação
A importância do planejamento e da organização no cotidiano das empresas é algo consumado. Difícil imaginar a época, não muito distante, em que tais práticas foram consideradas supérfluas. Pasmem, para alguns, até perdas de tempo. Atualmente, no entanto, são fundamentais para o que se convencionou chamar de otimização de resultados. E não apenas na vida profissional. Também na pessoal. Com a disciplina que as duas ações exigem é possível evitar estresse, ter mais tempo para os prazeres da vida e, por que não, mais dinheiro em caixa.

Mas o desperdício de tempo, esforços e energia tem alguns aliados, tanto em casa quanto no trabalho. Ansiedade, precipitação, pressupostos falsos, má comunicação, falta de pensar antecipadamente, ausência de revisão e controle são, geralmente, as causas principais do já conhecido ‘retrabalho’. Nada mais irritante no dia-a-dia ou desgastante para o currículo que fazer duas ou mais vezes uma mesma tarefa por conta de erros. A boa notícia é que existem métodos para minimizar ou, inclusive, evitar o problema.

Porém, exigem novas maneiras de pensar e de agir. Se organização e planejamento já são implementados no ambiente profissional, melhor. É mais fácil e provável que sejam incorporados no âmbito pessoal. Se não, é como regime. Exige reeducação. Difícil no começo, depois é como dirigir – ao volante, não pensamos mais nas marchas ou no acelerador. Se as práticas passarem de pais para filhos, quem sabe o jovem já ingresse no mercado de trabalho apto a planejar até sua aposentadoria. Ela deve ser pensada, no mínimo, com 15 anos de antecedência.

Em casa

Mas coisas aparentemente bem mais banais também exigem disciplina para não transformarem-se em estresse. Um guarda-roupa organizado é uma delas. Peças desnecessárias, por exemplo, ocupam espaço e gastam tempo na escolha. Isso quando não escondem a peça eleita para a ocasião. Pior, ainda reforçam a eterna sensação de não ter o que vestir. Poucas mulheres já não passaram pelo problema. Se arrumar as blusas por cor é exagero para alguns, difícil quem não se organize ao menos para elaborar tal ‘listinha’ necessária para percorrer as gôndolas do supermercado.

Como consumidor, pai, mãe, filho, patrão, trabalhador é fundamental saber eleger prioridades. Um bom começo, além de uma reflexão pessoal, é reservar um tempo para a agenda e o orçamento familiar. Um controle diário garante uma vida sem sobressaltos, mas com prazer. Resta saber se as vantagens da disciplina nos levarão à realização existencial.



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Duas vezes a mesma coisa

Fazer duas ou mais vezes uma mesma tarefa por conta de erros (‘retrabalho’) ainda faz parte da rotina de muitas empresas, informa Natália Rodeguero, analista de RH. De acordo com ela, o problema é oriundo de inúmeros fatores que competem à área profissional. No entanto, ela inclui ainda questões emocionais, como a saúde e a vida pessoal dos profissionais.

“Para minimizar os problemas gerados por ter que fazer pela segunda vez, como desperdício de tempo e, conseqüentemente, de custos, as empresas buscam melhorias efetivas principalmente na área de comunicação, além de treinamentos técnicos específicos para correção de posturas e habilidades pertinentes às atribuições dos cargos”, explica.

Na opinião dela, na maioria das vezes, os erros que resultam no ‘retrabalho’ decorrem da falta de padronização clara de procedimentos e ausência de informação da finalidade de cada atividade proposta.

“Com uma organização estruturada, é possível levantar as prioridades e alcançar os objetivos com êxito. É primordial que a comunicação dentro da empresa seja bem articulada e nítida, pois é um dos fatores mais relacionados ao baixo desempenho. Sendo assim, é necessário alinhar as expectativas de acordo com a estratégia almejada. Pode ser adotada a revisão de tarefas”, informa a analista.

Natália Rodeguero ainda aponta a pressão no ambiente de trabalho como desencadeante de uma sucessão de erros. “Ela tende a agravar a falta de concentração e atenção”, conclui.

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