23 de julho de 2011

Painel discute a comunicação da Igreja no segundo dia de Muticom

No segundo dia do Sétimo Muticom, a programação começou com o painel “Concepção, filosofia, estruturas e modalidades da comunicação na Igreja e a imagem da Igreja na mídia”. Entre os conferencistas estavam o presidente do Conselho Pontifício de Comunicação Social, Dom Claudio Maria Celli; o secretário geral da CNBB, Dom Frei Leonardo Ulrich Steiner, OFM; o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta; o presidente da Comissão Episcopal de Comunicação da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa; e o diretor da Central Globo de Comunicação, Luis Erlanger. No encontro, que reuniu grande público no Ginásio da PUC-Rio, os convidados expuseram os desafios da comunicação católica em tempos de novas tecnologias.

Luis Erlanger foi o primeiro a discursar e apresentou a imagem da Igreja na mídia. Ele falou sobre os problemas e os pontos positivos da comunicação católica e alertou que a Igreja deve ter um centralismo democrático, ou seja, deve alinhar seus objetivos e conceitos para saber como deseja ser vista. Como exemplo, Erlanger destacou páginas católicas no Orkut que somente defendem a religião e não alinham os conceitos da Instituição. Ele também citou a falta de manifestação da Igreja para menções ligadas e ela em sites como Youtube e Wikipédia. Os pontos positivos focados por Erlanger foram os 460 blogueiros católicos que existem e o conceito de rede difundido pela Igreja e deve ser aderido na comunicação.

Em sintonia com Erlanger, o próximo a discursar foi Dom Claudio Celli, que destacou a importância do papel da comunhão na comunicação da Igreja e na expressão do que ela é: a verdade, a alegria e a justiça: “O grande desafio da comunicação é o elemento da comunhão. Ela é essencial e intrínseca à tarefa do anúncio (...) sempre se deve dizer a verdade. Palavras de justiça são, às vezes, incômodas, mas devem ser respeitadas”, disse. Ao finalizar, Dom Celli lembrou que para se comunicar com verdade e justiça é necessário conhecer a Igreja e o que ela defende.

Após um intervalo de vinte minutos, Dom Orani apresentou suas considerações sobre o tema e reconheceu que a Igreja fica omissa nas contestações à Instituição, que aparecem na internet, concordando com as palavras de Erlanger. “Nos falta alguém que dinamize isto. A imagem da Igreja acaba sendo deturpada. Nós somos muito mais reativos do que proativos”, destacou. O Arcebispo ressaltou que falta um plano de comunicação nacional e unitário para a Igreja, que não conseguirá uma presença na sociedade sem uma unidade. A consideração foi sustentada por Dom Dimas, último a discursar. Ele frizou que a Igreja precisa marcar presença nos espaços que são cedidos a ela pela grande mídia, principalmente para falar de assuntos que a coloquem “contra a parede”. Esta é uma forma da instituição esclarecer a sua visão com propriedade.

A programação cultural e acadêmica segue nessa segunda, dia 18, e durante toda a semana. Acompanhe a programação no site do Sétimo Muticom: [www.muticom.com].


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