9 de janeiro de 2019

VAMOS CONHECER MELHOR O SANTO SUDÁRIO !!! O fato é que quanto mais se estuda, mais se comprova a autenticidade do Sudário. O que sempre nos impele a poder gritar: Jesus Cristo ressuscitou. Verdadeiramente ressuscitou.

Boa tarde!
Dando continuidade às postagens de artigos relacionados com a nossa fé, hj iremos falar sobre um assunto que muitas pessoas já devem conhecer...o Santo Sudário, dando início a mais uma série de postagens sobre os "Grandes Milagres da Nossa igreja".
“Saiu então Pedro, e aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro. Ora, eles corriam ambos juntos, mas aquele outro discípulo correu mais do que Pedro, e levando-lhe a dianteira, chegou primeiro ao sepulcro. E tendo-se abaixado, viu os lençóis postos no chão, mas todavia não entrou. Chegou pois Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu postos no chão os lençóis, e o lenço, que estivera sobre a cabeça de Jesus, o qual não estava com os lençóis, mas estava dobrado num lugar à parte. Então pois entrou também aquele discípulo, que havia chegado primeiro ao sepulcro: e viu, e creu”. (Jo, 20,3-8)
O que no relato do Espírito Santo, viu o apóstolo, que o fez crer? E por que “o lenço, que estivera sobre a cabeça de Jesus” estava dobrado num lugar à parte?
Essa santa relíquia, tão distintamente mencionada na Sagrada Escritura, foi profetizada por São Bráulio na antiguidade, que seria guardada pelos apóstolos para os tempos futuros. É de fato uma prova material da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quanto mais se estuda o Sudário e quanto mais técnicas se desenvolvem para estudá-lo, mais se comprova a sua autenticidade, para ódio dos inimigos da Igreja e do demônio, que já tentou queimá-lo mais de uma vez.
Nunca um objeto histórico foi tão contestado em sua autenticidade, assim como também nunca um objeto histórico foi tão cientificamente comprovado, além das próprias evidências históricas documentadas. Qualquer outro personagem histórico já teria sido reconhecido, sem nenhuma contestação, se tivesse deixado marcas como as que estão no Sudário.
É muito estranho como a mídia divulga amplamente as opiniões daqueles que, mesmo sem a menor base, contestam a autenticidade do santo Sudário. Qualquer charlatão que se dispõe a criticá-lo, recebe um microfone de uma rede Globo, e amplas reportagens da imprensa. No entanto, qualquer pequena análise dessas reportagens, é suficiente para se perceber o quão incompletas e de baixo nível elas são.
- O que é
O santo Sudário é um lençol de linho de 4,36 x 1,10 metros, ou 8 x 2 cúbitos sírios, que eram as medidas de lençóis para se envolver cadáveres em Israel antigo e ainda empregado em rituais judaicos.
- História
“José de Arimatéia...foi procurar Pilatos e pediu-lhe o corpo... Recebendo o corpo, José O envolveu em um lençol ainda não usado”. (Mt 27:57-61)
Como é bem sabido, durante as perseguições dos primeiros séculos, as comunidades cristãs guardavam cuidadosamente as relíquias dos mártires. Segundo São Nino (306 a 337), a mulher de Pilatos teria entregado o Sudário a São Lucas e esse a São Pedro, que o guardou.
A iconografia dos primeiros cristãos divergia da figura do Sudário, pois para os judeus qualquer material que entrasse em contato com cadáveres era material impuro. Nosso Senhor era representado como Bom Pastor, o médico taumaturgo e o mestre e juiz, geralmente segundo o modelo clássico do Apolo pagão.
Mas já no século II, a Sagrada Face era venerada em Edessa. Tudo indica que era o Sudário dobrado, expondo a face de Nosso Senhor. Uma análise recente constatou que realmente essa área do Sudário ficou mais exposta que as demais áreas.
Há uma história tradicional na qual em Edessa havia um rei chamado Abgaro, cujo corpo foi coberto pelo Sudário, e foi curado de uma doença, se convertendo ao cristianismo, assim como seu povo.
A partir dessa época, a iconografia começa a apresentar Nosso Senhor com barba.
O que é certo é que uma imagem de Cristo, procedente de Jerusalém, era venerada em Edessa nos primeiros séculos.
Em 525, era conhecida a imagem de Edessa como Mandylion acheiropoieton: pequena tela não pintada por mão humana.
Evagrio, em sua História Eclesiástica, nos conta que em 544 os edessenos venceram uma batalha contra as tropas persas que cercavam a cidade, depois de uma procissão do Mandylion pelas muralhas, quando o fogo tomou conta das armas inimigas e os persas tiveram de fugir.
A partir dessa época (séc VI), a arte sacra começa a copiar a sagrada face em numerosos detalhes.
Dois quadros hoje guardados no ocidente, em Sancta Santorum (Roma) e na Igreja de São Bartolomeu, em Genova e ainda o Rosto Sagrado em Pescara, entre outros, já apresentam as mais fortes características de cópia do Mandylion:
*3 mexas de cabelo na testa
*um dos supercílios mais alto que o outro
*um “V” acima do nariz
*barba bipartida
*cabelo longe da face
*face inchada
*uma risca transversal na testa
*uma sobrancelha direita erguida
*narina esquerda inflamada
*uma linha saliente entre o nariz e o lábio superior
*uma linha grossa sob o lábio inferior
*uma linha transversal na garganta
O Mandylion de Edessa era tratado com excepcional respeito e era usado como prova fidedigna para legitimar o culto das imagens sacras durante o período da iconoclastia (séc. VIII e IX). No segundo Concílio Ecumênico de Nicéia, em 789, São Teodoro Estudita recorre textualmente ao Sudário como argumento contra os iconoclastas. Além dele, outras testemunhas daquela época são: São João Damasceno, André de Creta, Papa Gregório II, o patriarca Nicéforo, João de Jerusalém, e outros.
Do seu período na Turquia (Edessa), temos um interessante documento: o Codex Vossianus Latinus Q 69, conservado na biblioteca de Rijksuniversiteit de Leida (Países Baixos), um manuscrito do séc X, que contém uma narrativa do séc. VIII, proveniente da área siríaca, onde se lê que Jesus deixou a marca de todo o seu corpo num pano guardado na Igreja Grande de Edessa: “Quem o contempla via o Senhor como quem o tenha visto na terra.”
Em 944 os exércitos bizantinos durante uma campanha contra o sultanato árabe de Edessa, apossaram-se do Mandylion, e levaram-no solenemente para a sua capital, Constantinopla.
Essa chegada triunfal do Mandylion teve ainda uma festa litúrgica celebrada em 16 de Agosto.
Uma homilia atribuída ao imperador de Constantinopla, Constantino VII Porfirogênito (912-959), e o Narratio de Imagine Edessena (séc. X), dão a entender que não se tratava de pintura, e quando mostrado ao povo de Edessa era dobrado em oito camadas, de modo tal que aparecesse “o rosto sem o corpo”.
Esses sinais das dobras antigas foram em parte localizadas em 1978 por Jackson e Miller, mediante observações e fotografias do Sudário iluminado com luz rasa, confirmando a hipótese das oitos camadas.
Existe também a descrição de Gregório , o Referendário, sobre a chegada do Mandylion a Constantinopla, como uma imagem impressa por gotas de suor e na qual se vê também o sangue que saiu do lado.
Ou seja, o Mandylion é o Santo Sudário.
- A Figura do Sudário
Depois de muitas pesquisas sobre o Sudário de Turim, as equipes da STURP chegaram a conclusão de que a teoria mais provável é que a figura tenha sido formada no tecido por alguma espécie de processo de chamuscadura. Na verdade, a conclusão mais veemente da STURP quanto a figura foi uma negativa: a figura não resulta de corante aplicado ao tecido.
A figura consiste de fibras de celulose amareladas, que tomaram esta coloração por terem passado por algum processo de desidratação.
Efeito tridimensional
Após a primeira fotografia tirada em 1898, quando se descobriu que a imagem é um negativo da “foto” de Nosso Senhor, não se parou mais de se descobrir verdadeiros tesouros quanto aos mistérios do Santo Sudário. A equipe da STURP descobriu que a figura está impressa de modo tridimensional, isto é, a intensidade da figura varia de acordo com a distância entre o corpo e o tecido. A proporção matemática foi tão precisa que os cientistas puderam elaborar uma réplica tridimensional do homem do Sudário.
Moedas
Ao se analisar a figura tridimensional do Sudário, se notou um inchaço circular nas regiões oculares.
Observando-se melhor, percebeu-se que eram duas moedas, uma em cada olho.
Era um costume judaico do século I se enterrar com moedas sobre os olhos.
As moedas são:
- dileptus lituus, que tem impressa a figura de um cajado curvado na parte superior, que Pilatos mandou cunhar no ano 29 dC.
- simpulum, do mesmo ano que anterior. Essa moeda se encontra no olho direito, mais propriamente sobre a pálpebra, e se vê claramente as letras Y CAI, do grego TIBEPIOY KAICAROC, Tibério César, que nas moedas também se encontra escrito com C ou X no lugar do K.
Essas moedas são encontradas hoje entre especialistas e colecionadores.
O suplício do Homem do Sudário
As marcas no Sudário retratam com detalhes riquíssimos como foi o suplício e a morte do Homem que ele envolveu. Tão ricos e pormenorizados que foram muitas vezes confirmados por médicos e cientistas.
Existe uma farta bibliografia sobre este tema. Verdadeiros tratados médicos que confirmam cientificamente que as marcas que estão no Sudário são provas do que está descrito nos Evangelhos.
Algumas dessas marcas são:
- o próprio envolvimento no lençol: a impressão da figura está em negativo com efeitos tridimensionais como já dissemos. As manchas de sangue estão obviamente em positivo, e nas dobras as mesmas alargam-se e duplicam-se, devido ao fato do lençol ter sido “aconchegado” ao corpo e amarrado. No entanto a figura está em projeção ortogonal ao corpo, sem a projeção referente a parte lateral do corpo. O que dá a impressão de que o Sudário foi “iluminado por dentro”.
Se algum falsário quisesse simular essa condição, envolvendo um cadáver com um lençol e amarrando-o, não teria de modo algum a figura que está no Sudário, nem de longe.
- os ferimentos da cabeça: os ferimentos apontam para um capacete de espinhos, muito mais doloridos do que as coroas de espinhos que as pinturas piedosas nos mostram. Aparentemente os espinhos penetraram no couro cabeludo em aproximadamente 50 pontos.
- o transporte da cruz: o Homem do Sudário transportou sobre as costas um objeto pesado que provocou duas grandes escoriações. As macrofotografias feitas pela STURP mostram fragmentos de material terroso misturados com resíduos escuros, provavelmente sangue que se encontram na ponta do nariz, escoriado,no joelho esquerdo, notavelmente ferido, e num dos calcanhares, também ensangüentado. Tudo isso por quedas ao carregar o patibulum da cruz.
- a crucificação com pregos: as marcas são bem visíveis nos pés e nos pulsos. Aliás, na mão não seria possível passar um prego para depois suportar o peso do corpo. Ao se passar com o prego no pulso, o nervo médio central provoca a contração do polegar, que no Sudário não se vê, exatamente por estar contraído.
- as marcas de escorrimento de sangue nas mãos e nos braços: o sangue escorria conforme os movimentos dolorosos da agonia. Para os condenados crucificados, o golpe de misericórdia era a ruptura das pernas: faltando o ponto de apoio, a morte ocorreria por asfixia, o que não aconteceu com Nosso Senhor, que morreu antes, e por isso não teve nenhum osso quebrado.
- o ferimento no lado: é bem visível uma ferida no lado. É notável um abundante escorrimento, lamentavelmente arruinado por um dos incêndios. A descrição evangélica, confirmada no Sudário, demonstra que muito provavelmente Nosso Senhor morreu “por ruptura do coração em conseqüência de infarto seguido de hemorragia no pericárdio”, que é considerável concentração de sangue na membrana que envolve o coração, que explica a “água” (soro) e sangue que saíram do lado de Nosso Senhor, após ser perfurado com a lança. Esse tipo de morte rápida provoca normalmente uma dor violentíssima, que poderia ser a causa do forte brado de Nosso Senhor (Mt 27,50).
Segundo P. Barbet: “a ferida causada por uma lâmina dilacerou o pericárdio que o infarto enchera de sangue e líquido seroso, bem como o ventrículo direito do coração que, nos cadáveres recentes, está cheio de sangue. Pelo lado esquerdo teria rasgado os ventrículos vazios”.
No sepultamento, jorrou da ferida um fluxo de sangue e soro mais claro, bem visível à altura do abdome, esparramando-se em correspondência da dobra do Sudário.
- o corpo cruelmente flagelado: são muito evidentes as marcas de uma terrível flagelação, infligida conforme costume romano, que usavam para castigar açoites com pesos de chumbo ou pedacinhos de osso, que causavam feridas, lacerando e contundindo o corpo do condenado.
O corpo quase inteiro foi açoitado, menos na área do coração, pois o condenado não deveria morrer com os golpes.
Estas marcas estão bem visíveis no Sudário, de onde pode se saber exatamente com era o açoite.
- Probabilidades
Se considerássemos a datação de 1988 como verdadeira, qual seria a probabilidade de um falsário medieval que, inspirando-se no texto dos evangelhos, teria torturado e crucificado um judeu contemporâneo seu, com métodos e características totalmente estranhas à sua cultura, com o objetivo bem claro de construir um falso lençol fúnebre de Nosso Senhor, e deixando propositadamente sobre o tecido marcas invisíveis a olho nu, polens e outros vestígios, observáveis apenas com instrumentação do século XX?
No livro de Bruno Barberis e Piero Savarino, eles calculam essa probabilidade de uma em duzentos bilhões.
- CONCLUSÃO
São muitas as evidências da autenticidade do Sudário. Colocamos só algumas aqui nesse estudo, para darmos uma pequena idéia aos nossos leitores.
Não precisávamos do Sudário para bradar: Jesus Cristo ressuscitou, verdadeiramente ressuscitou. A santa amada Igreja já nos ensinou isto.
No entanto, Deus nos deixou essa prova material, que quase miraculosamente foi preservada durante dois mil anos.
E uma prova material tão forte que atinge diretamente os céticos ateus e materialistas. E o ódio que ele desperta provoca ações de difamação no mundo inteiro, com apoio irrestrito de muitos setores da imprensa, que publicam qualquer artigo, por mais incompleto e parcial que ele seja.
No entanto, o mais revoltante, é o apoio do clero modernista a essas iniciativas.
Por que?
No interessante livro “O DNA de Deus?” de Garza Valdes vemos claramente as dificuldades que ele encontrou em revelar a verdade sobre o teste de rádiocarbono de datação.
O Cardeal Giovanni Saldarini fez questão de fazer declarar no Congresso de Sindonologia de 1998, que a pesquisa de Garza Valdes era oficialmente inválida. Ou seja, apesar de cientificamente correta, o Cardeal não a considerava a pesquisa “oficial”, pois ela desautorizava a fracassada datação de 1988.
Nesse mesmo Congresso, durante a apresentação de Arnaud-Aaron Upinsky, o presidente do encontro, o professor Pierre Luigi Baima-Bollone, pediu para que Upinsky parasse, e como esse continuasse, Bollone ordenou que se cortasse o projetor e o microfone, recebendo aí assobios e humilhação.
Ora, Upinsky é famoso matemático, estudioso e epistemólogo, combateu a falsa datação de 1988 desde o início. Publicou um livro onde afirma - e demonstra - que não há forma de reproduzir um objeto tão peculiar como o Sudário de Turim, nem sequer com a ciência moderna, lançando por terra as hipóteses da falsificação.
E este mesmo que vos escreve este arquivo, estando em visita a Catedral de Turim, escutou de um dos guias que, apesar de todas as evidências que ele mesmo apresentou aos visitantes para a comprovação da autenticidade, ele próprio, o guia, não acreditava.
Por que essa divulgação contra a autenticidade dessa santa relíquia, dentro do próprio clero?
O fato é que quanto mais se estuda, mais se comprova a autenticidade do Sudário. O que sempre nos impele a poder gritar: Jesus Cristo ressuscitou. Verdadeiramente ressuscitou.
Ad majorem Dei gloriam
Sidney Gozzani

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