30 de janeiro de 2012

Médico alerta sobre consequências do álcool

Luanda  – O médico António Pascoal advertiu hoje, sexta-feira, aos jovens sobre as consequências do uso de bebidas alcoólicas, no âmbito da comemoraçao dos 436 anos da cidade de Luanda.

Sob o tema "O alcoolismo e suas consequências", o prelector, que dissertou a palestra no Instituto Politécnico de Cacuaco, em Luanda, disse que o alcoolismo é caracterizado pelo abuso excessivo, irregular e descontrolado do consumo dessa droga.

Descreveu que dentro do alcoolismo se encontram dois elementos fundamentais: a tolerância e a dependência.

A tolerância consiste no início de beberr uma cerveja, um pacote de whisky, na primeira semana e o indivíduo fica satisfeito. Duas semanas depois se fizer o uso da mesma quantidade não ficará satisfeito e terá que aumentar a dose durante o período de tolerância.

Acrescentou ainda que a medida em que vai se acostumando a isso, ele passará a ser dependente e se não consumir álcool não se sentirá satisfeito, criando assim a sua rotina ou seja o dia a dia.

Segundo o médico, o indivíduo alcoólatra apresenta um estado clínico de intoxicação "de embriaguez", bem como vai apresentar uma amnésia que o obriga a esquecer facilmente e no dia seguinte não consegue recordar a situação abordada no dia anterior.

Alucinações, como quem ouve vozes, demência, transtornos mentais, ansiedade sexual e sono, de forma irregular e abusiva fazem parte das consequências do alcoolismo.

Quanto as causas do alcoolismo, disse serem de situação económica, pobreza, o desemprego, demissão do serviço, perda de um ente querido, problemas familiares, litígios dentro da família e o divórcio.

Para as consequências, disse que o alçool ataca o sistema nervoso, amnésia e hiper-amnésia, problemas gastrointestinais, inflamação da faringe, do estômago, do pâncreas, falta de produção de insulina que leva a diabete.

Acrescentou ainda que o álcool no seu metabolismo, atrofia os testículos do homem, impedindo a produção suficiente de espermatozóides, tumores malignos e benignos (cancro),  cirrose hepática, destruição dos tecidos do fígado, o que mata a pessoa lentamente, disfunção sexual na mulher e no homem, mais vulnerável nas senhoras.

Neste caso, aconselhou que a tomada de decisão, força de vontade são os maiores remédios para a cura o alcoolismo quando o indivíduo notar as consequências, para quem já estiver dependente deve recorrer aos psicólogos e psiquiatras para se tratar desse vício.

Reconheceu ainda que o alcoólatra dificilmente ou nunca aceita que o é. Diz sempre que bebe de forma moderada e poderá assumir isso quando começar a perder a sua imagem, auto estima e épotencialmente suicida, porque pode ir a morte, achando que já não serve para nada.

No período de perguntas e respostas, os participantes ficaram elucidados que o alcoólatra quando não bebe sente tremores, transpiração cutânea, o que o obriga a ingerir o álcool para aparentemente sentir-se estabilizado.

Desta forma, se a pessoa não consultar psicólogos, psiquiatras e tomar a decisão de deixar de beber, está sujeito a morte.

A publicidade de consumo do álcool nos órgãos de Comunicação Social, o preço baixo da cerveja e do whisky em pacote em relação a gasosa e água, também foram citados como incentivos ao consumo de bebidas alcoólicas.
Fonte ; http://www.portalangop.co.ao

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